Desde pequeno, com mais ou menos 14 anos de idade, nas reúniões em família, com uma câmera analógica, sempre fui atrevido em reunir todos para pousarem nas minhas fotos. Passava alguns perrengues, sem ter experiências algumas, mas o desejo em registrar momentos, tocava mais profundamente em meu coração, em minha mente, e a cada revelação do filme, era uma emoção que não tinha explicação. Com o passar dos anos, estudei fotografia em várias plataformas da internet, seja por sites de fotógrafos conceituados experientes, e também pelas redes sociais como Youtube e Instagram. 

    Durante este período, as cêmeras Analógicas foram se perdendo e consequentemente entraram as câmeras Digitais. A vontade em obter uma era um sonho pra mim. Mas como não tinha condições suficientes para comprar uma, continuei estudando até que com mais ou menos uns 28 anos de idade pude comprar minha primeira câmera semi-profissional, que por sua vez, era uma Superzoom da Sony. Aquela câmera não era a tão sonhada, mas pude estudar a teoria e na prática eu saía fotografando tudo que via pela frente. Comecei a fotografar como hobby paisagens, pássaros e flores. Na época criei uma página no Flickr para postar meus trabalhos. Só que isso não me completava o suficiente, comecei a fotografar pessoas da família para uma experiência maior e também por insegurança em pegar trabalhos com terceiros. 

    Foi onde surgiu a primeira oportunidade, um casal me procurou para fazer um registro em cartório e consequentemente no religioso. Eu tremia de medo, mas vinha uma força maior que me falava que eu tinha potencial para fazer um lindo registro. O medo maior não seria nem pelo fato de falhar, até mesmo porque a câmera não era profissional, mas como possuia o modo manual e como dominava as configurações, isso me deixava mais tranquilo. Quando encerrei o primeiro trabalho, ao subir as fotografias para o computador, tive uma resposta que este era meu destino, as fotografias ficaram muito lindas, da forma em que eu pensava, claro, com alguns erros, que é o normal até hoje. Mas é com esses erros que a gente busca cada vez mais novas experiências para não falhar. 

    Em 2021 realizei minha tão sonhada compra da Câmera DSLR, profissional. Esse dia ficou marcado para sempre em minha mente e meu coração. É claro, tendo sempre em mente que o fato de ter uma câmera profissional, não define que você será um profissional ao obtê-las. Tinha sempre esse entendimento que o que define um bom profissional é a capacidade e a experiência em dominar o equipamento, desde ângulos, conhecimento em luz, direção, enfim, todas as técnicas fotográficas. 

Sempre acreditei que muito mais que técnicas, contar a minha história seria o melhor tipo de ensino que eu teria a a apresentar, pois foi com muita força e coragem que cresci na fotografia, ouvindo e registrando lindos momentos de pessoas que passaram pelas minhas lentes. 

    Ter a chance de conhecer a história de alguém, é, de longe, um super privilégio para mim. Isso não só me agrega coisas boas enquanto pessoa, mas também enquanto profissional! Sou um retalho de todas as histórias que vivi e ouvi e isso reflete em minha fotografia. Claro, boas técnicas te ajudam a ter uma fotografia de qualidade e com alto potencial de atração, mas não é tudo. Por isso, sempre aproveitei a chance de ouvir outros profissionais contarem suas vivências, erros e acertos, para tirar lições de tudo.